Entendemos que qualquer discussão sobre Paz deve considerar, pelo menos, três diferentes dimensões: interna, social e ecológica.

A Paz começa dentro de nós mesmos. A pergunta “quando eu meu sinto em Paz?” é uma bússola para percebermos e conhecermos essa experiência interna. Em tempos em que cada vez mais pessoas estão sofrendo transtornos mentais ou atravessando traumas profundos, precisamos ampliar os debates sobre como podemos viver em um estado de Paz de espírito ou Paz mental. Des-cobrir a Paz que há em nós é um dever. 

A segunda camada de Paz diz respeito às nossas relações nos diversos círculos sociais. A Paz não é e não pode ser apenas uma busca individual, pois é na convivência que podemos aprofundar e fortalecer essa experiência. Em um cenário de profunda intolerância, seja ela política, religiosa, racial, étnica, de gênero, ou de qualquer outra forma, é urgente aprendermos a conviver e coexistir com diferenças, resgatando o senso de comunidade e de pertencimento. Somos o que somos porque somos coletivos. 

Não menos importante, a dimensão ecológica é aquela que diz respeito à nossa relação com o Planeta. Sem o perfeito equilíbrio ecológico que existe na Terra, seria impossível nossa existência aqui. Porém, vivemos tempos em que uma mentalidade arcaica e fossilizada ainda impõe uma guerra contra a natureza. Já estamos vivendo os efeitos do caos e da catástrofe climática e da perda massiva de biodiversidade. Para a manutenção da Vida em suas mais variadas formas e ciclos possíveis, precisamos transformar nossa forma de viver. Somos orgânicos e precisamos celebrar nossa biodiversidade. Esse é um possível caminho de Paz Ecológica, em que o eco é mais importante do que o ego.

E uma forma importante de integrar estas três dimensões de Paz é a arte. Para nós, a arte é a fotossíntese humana, já que alimenta nossas almas com beleza e criatividade.